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Testemunhos

O que dizem sobre nós!

Maria Isabel Silva com Neurinoma do Acústico aos 59 anos de idade.

“A minha experiência começa com a negligencia médica de andar mais de 10 anos com um tumor no ouvido sofrendo de vertigens, zumbidos e tudo o que um Neurinoma do Acústico provoca incluindo a total perda de audição do ouvido esquerdo. Quando lhe disse que não aguentava as dores no braço é que se decidiu pedir uma ressonância magnética e foi então que se confirma a existência de um tumor que não era maligno mas precisava ser destruído e só o tratamento podia ser feito em Lisboa ou no Estrangeiro.

Nada mais me informou sobre o mesmo. Fiquei confiante que o meu médico assistente ia tratar do problema referenciando ao Hospital da área da minha residência o referido tratamento. Esperei cinco meses e por minha iniciativa fui pesquisar afinal o que tinha eu no meu ouvido e onde seria tratada. Descobri que era no Centro Gamma Knife, Hospital Cuf Infante Santo. Foi pela Internet que tomei conhecimento de todos os riscos e de todas as informações sobre o tratamento. Vi todas as imagens e só pedia a Deus que o meu tumor estivesse dentro do tamanho que desse para fazer a cirurgia sem corte.

Venho a descobrir que o médico não referenciou o tratamento e o Hospital não tinha conhecimento do meu tumor e de todo o meu sofrimento. Com toda a bagagem que tinha recolhido na Internet ligo para o Hospital da Cuf e tenho a primeira conversa com a assistente clínica Dora Vicente que me esclareceu todas as minhas dúvidas de uma forma tão cordial que a considero uma grande amiga. Bem haja Dora Vicente por ser como é. Enfrentei uma grande batalha com o Hospital da minha área de residência e em 26 de Abril de 2017, estava eu no Centro Gamma Knife pronta e sem medo de fazer o tratamento.

Muito bem recebida por todos e tratada como uma princesa. Tudo correu bem e ainda não posso dizer que já estou curada, pois ainda foi à pouco tempo e breve voltarei para fazer a reavaliação.

Equipa: José Manuel Brás ( Neurocirurgião) Julieta Silva ( Radiooncologista)  Ana Silva / Sofia Ikbal / Pedro Carvoeiras / Física).”

MAV – Malformação Arteriovenosa – Isabel Évora

“Chamo-me Isabel Évora, tenho 48 anos e foi-me diagnosticada, em 2009, uma MAV – malformação arteriovenosa. 

A descoberta do problema aconteceu por acaso. Numa consulta de neurocirurgia, por queixas de dores na cabeça e coluna cervical, foi prescrita uma ressonância magnética, para avaliação.

Diagnóstico: uma hérnia discal e a referida MAV. Para clarificar o resultado, acabei por fazer, também, uma angiografia. Infelizmente confirmou-se o diagnóstico e a solução apresentada pelo médico foi a cirurgia. Não aceitei, claro! De exames na mão decidi consultar outros clínicos da especialidade, cujas opiniões foram num sentido contrário, ou seja, a cirurgia só como último recurso. Apresentaram-me, então, outras alternativas que poderiam passar, por exemplo, por um tratamento por embolização ou radiocirurgia. Nesta perspetiva optei, primeiro, por consultar um neurorradiologista que, desde logo, se interessou pelo meu caso.

Uma semana depois, fui chamada para uma angiografia de intervenção, no hospital de São José. Tudo estava a correr pelo melhor até chegar a péssima notícia de que seria impossível efetuar o tratamento por embolização porque corria demasiados riscos. Foi um balde de água fria! Porém, restava, ainda, a radiocirurgia. Por sorte, e de imediato, fui reencaminhada para o Centro Gamma Knife,  no Hospital Cuf Infanto Santo. Neste Centro, logo na primeira consulta destacou-se a simpatia e profissionalismo, tanto a nível clinico, como administrativo.

A médica, Dra. Mª Begonã Cattoni, teve o cuidado de me explicar, cuidadosamente, os procedimentos para realização da radiocirurgia. No dia 19/11/2009, de manhã, começaram os preparativos para a intervenção. Depois de uma anestesia local, fixaram-me o quadro estereotáxico no crânio . O aspeto era estranho, parecia que tinha saído de uma cena de um filme de ficção científica! Confesso que até pedi ao meu marido para tirar fotos, para mais tarde recordar. Seguiram-se uma ressonância magnética e uma angiografia digital. Concluído o planeamento do tratamento, pela equipa médica fui, então, conduzida para a sala onde se encontrava o aparelho Gamma Knife Perfexion.

Deitada, ouvindo música, adormeci. Não sei ao certo quanto tempo durou. Não senti qualquer dor. Acordei, retiraram-me o quadro que me haviam colocado na cabeça e segui para o quarto, muito tranquila. Tinha corrido tudo bem. No dia seguinte, de manhã, tive alta e, posso dizer, estava pronta para ir trabalhar. Contudo, por prudência, não o fiz. Permaneci duas semanas em casa, mas sem quaisquer sintomas ou efeitos secundários. Após uma semana, fui contactada para marcação de uma consulta. No final de 2012, fiz nova angiografia que, felizmente, veio confirmar que a MAV estava tratada.

Conclusão. O problema foi ultrapassado. Contudo, por rotina, continuo a ser acompanhada pelo Centro. Posso considerar que o meu caso foi um sucesso.”

Obrigada Equipa Gamma Knife

A minha experiência

Já lá vão uns anos comecei a ter visão dupla (diplopia). Um horror! Tudo à minha volta era visto em duplicado: os carros que circulavam, os degraus das escadas, as pessoas. O meu médico oftalmologista encaminhou-me para um outro médico especialista em estrabismos, apesar de eu nunca ter sido estrábica. Tinha, segundo este especialista, um músculo ocular de um dos olhos inactivo. Solução: desactivar o músculo correspondente do outro olho por forma a forçar o que estava doente a reactivar-se.

Foi-me feita uma injecção de “botox” no músculo bom, no interior do globo ocular. Fiquei a ver bem durante uns tempos, mas depois tudo voltou ao mesmo. Havia, portanto, algo mais a provocar a visão dupla. Recomendou-me que consultasse um neurologista. Assim fiz. A TAC craniana evidenciou a existência de um tumor no cérebro, um meningioma! Fiquei destroçada! Com duas filhas ao meu cuidado pensei: vou morrer e que vai ser delas?

O médico neurologista encaminhou-me, então, para o Prof. Dr. João Lobo Antunes para que o tumor fosse extraído. Logo na primeira consulta, com a sua habitual franqueza, o Prof. disse-me que habitualmente os meningiomas são benignos, mas têm que ser retirados ou “mortos” antes que cresçam e possam degenerar. O problema era que o meu estava localizado numa zona muito sensível do cérebro, onde a cirurgia convencional não era aconselhável. “ Isto não é comigo; tens que ir ao Gamma Knife”, disse o Professor. Gamma Knife! Nunca tinha ouvido falar de tal coisa! O mundo girava à minha volta e sentia-me perdida.

Em 2012 dei entrada no Centro Gamma Knife onde iria ser submetida ao tal tratamento. Fui recebida com todo o carinho pela assistente clínica Dora Vicente e pela Dr.ª Begoña Cattoni, neurocirurgiã responsável pelo Centro. A Dr.ª Begoña explicou-me detalhadamente em que consistia a Radiocirurgia Gamma Knife. As células do tumor iriam ser bombardeadas por raios gama que as iriam destruir. Contudo, dada a sua enorme energia, os raios não poderiam atingir as células saudáveis na periferia do tumor. Era, portanto, uma intervenção em que se exigia uma altíssima precisão.

As palavras de todos os intervenientes, o afecto e carinho que me dispensaram, deram-me ânimo e coragem. A intervenção foi feita com enorme perícia por uma equipa de profissionais altamente qualificados, sem qualquer dor ou derramamento de sangue. Passadas umas horas no hospital, pude regressar a casa, renascida, para junto das minhas meninas. O tumor havia sido destruído!

Com o passar dos meses a visão dupla desapareceu e hoje faço uma vida completamente normal. Nos anos que se seguiram ainda fui ao hospital, de seis em seis meses, depois de ano a ano, fazer uma ressonância magnética para verificar se tudo estava bem. Agora só lá vou de três em três anos.

Graças a esta cirurgia, posso testemunhar que, para além de ter ficado curada, ganhei amigas para a vida. Muito obrigada ao Centro Gamma Knife, em especial à Dr.ª Begona e à Dora.

Se o meu testemunho puder servir para ajudar pessoas que enfrentem problemas desta natureza, não fiquem temerosas. Não há cabeça aberta, nem dor. Tanto os médicos como os físicos são extremamente competentes e cuidadosos, e os resultados falam por si. Magníficos!”